S.L.Benfica - C.D.P.Arcos (Juniores)

Se há jogos com um final dificil de explicar e que custa a entender como a equipa que mais hóquei jogou, que mais qualidade demonstrou acaba por perder e por uns números tão exagerados, este foi sem dúvida um deles. Os primeiros 15 minutos da partida são de dominio total encarnado com o marcador a ser inaugurado aos 6 minutos por Diogo Alves e aos 10 minutos Marco Gatinho eleva a contagem. O S.L. Benfica mandava no jogo com o P.Arcos completamente acantonado na sua área e só por mera infelicidade e sem dúvida por mérito do guarda-redes visitante a nossa equipa não dilatou o marcador para uma vantagem irrecuperável. Aos 17 minutos surge no entanto o 1º golo do P.Arcos num ressalto da bola num patim que deixa um jogador do P.Arcos isolado que consegue reduzir. A equipa que tinha baixado um pouco o ritmo do jogo, acusou um pouco este golo contra a corrente e mais ficou quando a 2 minutos do intervalo , após um lance que parecia completamente controlado por duas vezes pela nossa defesa, a bola é perdida para os atacantes contrários que obtêm o empate. Sem nada fazer para o merecerem em termos de produção de jogo, o P. Arcos chegava ao intervalo empatado com um S.L.Benfica que foi sempre superior, mesmo nos períodos menos conseguidos.

Se o empate já era mau, aos 6 minutos na sequência duma jogada decorrente dum livre indirecto, o P. Arcos coloca-se em vantagem. O S.L.Benfica deixa de ter o discernimento que demonstrara sobretudo nos primeiros 15 minutos da 1ª parte e começa a jogar de forma menos racional. Mas aos 8 minutos o Benfica volta a empatar o encontro, depois dum remate de meia distância, Tiago Madaleno desvia a bola à boca da baliza. Foi sol de pouca dura já que dois minutos decorridos os visitantes através de contra ataque voltam a criar vantagem. Os jogadores encarnados continuam a ter níveis de posse de bola muito superiores mas a excelente exibição do guardião contrário e a ansiedade que se ia apoderando da equipa impedia a concentração necessária na hora da finalização. A nossa equipa voltaria no entanto a empatar a 4 golos novamente por Tiago Madaleno. Só que dois minutos decorridos através duma grande penalidade o P. Arcos retoma a liderança no marcador. Embora os nossos jogadores lutassem sempre com grande abnegação, o discernimento e lucidez já eram diminutos e na sequência dum outro contra-ataque aos 20 e dum livre directo aos 24 minutos a equipa da linha fechou a contagem num 4-7 que traduz uma frase utilizada na gíria " Uns jogam e os outros marcam".

Foi a primeira derrota da época, numa partida atípica e em que a maturidade e experiência na gestão do jogo , são factores que ainda nao estão consolidados numa equipa construída de novo nesta temporada. A equipa já demonstrou qualidade , mesmo neste encontro, e capacidade mas tem de tirar algumas lições , nomeadamente a que em termos colectivos e individuais há que saber gerir os ritmos do jogo e a intensidade do mesmo, não se deixar conduzir por equipas que apenas jogam no erro do adversário. Um abraço de amizade a toda a equipa e que este resultado seja encarado com uma lição para corrigirmos aspectos que tenham estado menos positivos e não como um desaire. Estamos ainda numa fase muito precoce da época, onde ainda há muitas situações de jogo por afinar.

Nelson Lourenço fez alinhar: Samuel Santos (GR); Diogo Fidalgo; Marco Gatinho (1); Diogo Alves (Cap)(1); Paulo Passos; Miguel Sousa; Rodrigo Sousa; Tiago Madaleno (2) e João Lapa(GR).