Numa autêntica final antecipada, portugueses e espanhóis defrontaram-se uma vez mais em competições internacionais de hóquei em patins, desta feita nas meias-finais do Europeu de Sub-17. A partida iniciou-se muito viva e com as duas formações a mostrarem que queriam e iam lutar muito para chegar à final. Com um jogo equilibrado, aos 5 minutos surge a primeira grande ocasião quando o capitão João Souto se isola e depois de fintar o guarda-redes espanhol a bola foge do stick e não consegue finalizar. Mas pouco depois, derrube sobre o mesmo João Souto na área espanhola e grande penalidade que o nosso capitão não desperdiça. O jogo aquecia mais com os espanhois a colocarem toda a sua fúria em ringue. Aos 7 minutos numa saída para o ataque português um dos nossos jogadores escorrega e perde a bola para os nossos adversários que numa situação de 3x2 conseguem empatar o encontro. A partida joga-se então numa toada de equilibrio constante até ao intervalo.
A 2ª parte inicia-se com o mesmo equilibrio mas logo aos dois minutos a Espanha consegue virar o marcador. Só que os nossos rapazes já mostraram que têm uma grande determinação, uma raça e ambição e nunca viram a cara a nenhuma adversidade. Dois minutos decorridos uma bomba de meio ringue de Pedro Vaz é desviada à boca da baliza por João Souto e o empate é restabelecido. Os níveis de ansiedade e dramatismo aumentam, sobretudo nas bancadas e aos 8 minutos é assinalada uma grande penalidade contra Portugal. Diogo Rodrigues efectua uma brilhante defesa e confere à equipa ainda mais confiança e garra à equipa para irem em busca da vitória. Aos 11 minutos, o minuto de todas as emoções, João Souto deita o guardião espanhol e pica-lhe a bola por cima, mas este ainda vai buscar a bola com a ponta da luva ouvindo-se um ahhhhhhh em todo o pavilhão. Nas resposta, contra-ataque da Espanha em situação de vantagem numérica e Diogo Rodrigues a parar, Pedro Vaz recupera a bola lança Telmo Pinto que segue isolado para a baliza espanhola pelo lado direito, puxa o guarda-redes para o lado esquerdo e pica-lhe a bola para o primeiro poste, obtendo um golo espectacular. Com 4 minutos para jogar, o espanhois jogam o tudo por tudo (Bruno Fuzeta sofreu duas sticadas sem bola e teve de sair), mas a capacidade de luta e de sofrimento desta selecção impediram que a Espanha voltasse a marcar.
Portugal conseguia o feito de afastar a Espanha duma final de Sub-17 desde 1992 ( ano do nascimento da maioria dos jogadores em ringue) e demonstrou mais uma vez que para além da capacidade técnica dos seus jogadores, estes possuem um enorme desejo de serem campeões europeus transmitem isso pela sua atitude competitiva e entrega total ao jogo e pela união existente em todo o grupo de trabalho.
Hoje a final frente à Itália, que venceu a França por 2- 0 no desempate por grandes penalidades, num ambiente titpicamente italiano de pavilhão cheio com grande apoio à sua Selecção, mas onde os jogadores portugueses vão tentar ,e todos acreditamos que vão conseguir, reuperar o título europeu.
Nesta meia-final ibérica Portugal alinhou com:
Diogo Rodrigues, Telmo Pinto (1); Pedro Vaz, João Souto (Cap)(2), João Beja, César Fidalgo, João Silva, Bruno Fuzeta e ainda Gonçalo Alves e João Coelho.
1 comentário:
Obrigado amigo João Pedro Vaz pelas crónicas independentes, sucintas e perceptíveis. Quem sabe, sabe!
Espero - e esperamos todos os amantes da Modalidade - que esta tarde a sua mensagem seja a de anúncio de CAMPEÕES EUROPEUS. Esta Selecção, geração interessante, merece o Título.
Um abraço
Gilberto Dias Borges
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