Campeonato da Europa de Sub-17 - Portugal - Itália

Num pavilhão cheio de "Tiffosi" mas com uma claque portuguesa que nunca regateou apoio à sua Selecção , a final do Europeu de Sub-17 foi disputada num ambiente fantástico. A nossa equipa mais uma vez demonstrou a sua categoria e uma maturidade e personalidade fantásticas, não se deixando influenciar minimamente pelo ambiente ( só pelo apoio da ruidosa claque portuguesa) nem pela elevada envergadura fisica dos transalpinos. Desde cedo mostrou que estava em ringue para ganhar o campeonato, com trocas de bola muito seguras e rápidas e sempre com a ideia na baliza italiana. Os italianos apostavam sobretudo no confronto físico e na meia distância e aos 4 minutos depois dum bloqueio que atirou João Beja ao chão, os transalpinos conseguiram criar uma brecha na defesa lusa e com um remate forte Ghirardello coloca a Itália na frente. Uma vez mais em desvantagem ( tal como com a França e a Espanha) Portugal não abanou e foi para cima da Itália e três minutos decorridos, Pedro Vaz recupera uma bola na área portuguesa lança o nosso capitão João Souto pela tabela lateral que se consegue isolar e depois de driblar o excelente guardião italiano restabeleceu a igualdade. Portugal começava a dominar a partida de forma clara e aos 10 minutos, numa jogada a papel quimico dum golo com a França, Pedro Vaz ganha uma bola junto à tabela lateral, apanha os italianos em contrapé e em grande velocidade segue para a baliza italiana para assistir Telmo Pinto ao segundo poste para a reviravolta no marcador. A Itália acusa este golo e Portugal intensifica a pressão com jogadas de perigo sucessivas. Aos 13 minutos João Beja sofre falta na área adversária e João Souto na recarga da grande penalidade aumenta a vantagem lusa a dois minutos do intervalo e com uma exibição muito segura e categórica dos nossos rapazes.

A segunda metade trouxe um Portugal mais interessado em controlar a posse do esférico e evitar o confronto físico com os enormes jogadores da casa que por seu lado não conseguiam entrar na bem montada defesa portuguesa. O emoção só aumentou aos 9 minutos com o 2º golo italiano, um golo que nasce de forma esporádica e não decorrente duma pressão sufocante dos transalpinos.Aí a claque italiana acreditou que poderia haver uma oportunidade de pelo menos chegar ao empate e aumentou o apoio à sua selecção. A selecção portuguesa contudo, com grande tranquilidade continuava a controlar a partida de forma perfeita mas a 3 minutos do final do encontro, a equipa de arbitragem assinala uma grande penalidade contra Portugal e a emoção aumenta vertiginosamente. Mas Diogo Rodrigues efectua uma defesa fantástica com a mão direita e impede o empate. Foi o canto do cisne italiano já que a nossa selecção não permitiu mais nenhuma oportunidade aos adversários e controlou a partida e a posse de bola até ao apito final, conquistando de forma brilhante o Campeonato da Europa.

Numa campanha excelente e porque é sempre um momento histórico para o nosso hóquei, não podemos deixar de prestar homenagem a todos os elementos que contribuíram para esta vitória

do hóquei em patins português, deste dirigentes, técnicos, staff de apoio, jogadores, aos clubes , técnicos e colegas destes atletas bem como a todos os que ficaram a torcer à distância e que ao longo da competição e depois enviaram as suas mensagens de apoio e felicitações . É uma vitória de todos aquele que gostam muito do hóquei em patins e acreditam que o nosso hóquei pode continuar a lutar pelas vitórias internacionais.

Comitiva Portuguesa neste Europeu:

Chefe da Comitiva : José Carvalho

Director Técnico Nacional: Prof. Luis Sénica

Seleccionador Nacional: Prof. Jorge Lopes

Treinador Adjunto: Prof. Paulo Tina

Enfermeiro: Enfermeiro Patricio Melo

Mecânico: Herminio Carrilho

Nesta final alinharam orgulhosamente e bravamente por Portugal os seguintes Jogadores : Diogo Rodrigues (A.A.Coimbra); Telmo Pinto (F.C.Porto)(1); Pedro Vaz (S.L.Benfica); João Souto(F.C.Porto)(Cap)(2); João Beja (S.L.Benfica); João Silva (S.L.Benfica) e ainda Gonçalo Alves(Sporting C.P.), Bruno Fuzeta (G.D.Sesimbra); César Fidalgo(F.C.Porto) e João Coelho(S.L.Benfica).

Durante o campeonato não fizemos referência aos clubes dos jogadores porque acima de tudo era a Selecção de todos nós, de todos os clubes, espirito que todos os atletas souberam e deram o exemplo de como se deve colocar o interesse duma Nação acima de tudo. Acabada a competição não queremos no entanto deixar de prestar uma homenagem aos clubes dos nossos campeões.